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Que coisa feia...

"Não dá nem para comparar a cupidez e a nocividade da conversa telefônica mantida entre o Senador Romero Jucá e o cidadão Sérgio Machado, revelada pelo jornalista Rubens Valente, com toda a querela que envolveu o senador Petista cassado, Delcídio Amaral (...)"

Não dá nem para comparar a cupidez e a nocividade da conversa telefônica mantida entre o Senador Romero Jucá e o cidadão Sérgio Machado, revelada pelo jornalista Rubens Valente, com toda a querela que envolveu o senador Petista cassado, Delcídio Amaral.

Toda a hipótese criada em torno da gravação clandestina de Delcídio não foi além de uma tosca e hilária proposta de ajuda à Cerveró, em troca de hipotético favorecimento deste em sua delação. Jucá, Senador do golpe (portanto caro aos interesses das famílias midiáticas do Brasil) é direto e inciso sobre seu intento: frear a própria operação lava jato...

Se bem me recordo, as mídias seletivo/familiares, pelo custo de seu patrocínio em favor do golpe, exageraram na adjetivação e no alcance da conduta de Delcídio. Agora, no nascimento da má conduta do senador Jucá, dada a sua reconhecida contribuição em favor do golpe, se limitam a editoriais juvenis pedindo-lhe a grandeza da renúncia (do cargo de ministro, não da condição de Senador da República)...

É demais. E em sendo demais, nem quem é muito idiota (e a direita os tem em tamanha profusão que, se por aqui apontasse alguns, outros tantos que ficassem de fora da lista reclamariam) pode deixar de reconhecer a atuação das famílias midiáticas brasileiras[1] em favor do golpe.

Não registro aqui a palavra equilibrada e de resgate histórico do verdadeiro jornalismo, deflagrada por Greenvald (que deveria fazer corar as penas de aluguel tupiniquins), porquanto ela se basta.

Sequer cogito – tanto quanto – lembrar a evidente e cristalina situação de desvio de finalidade do Congresso por ocasião da votação que possibilitou ao Senado iniciar o processo de impedimento da Presidenta, também revelada na conversa da dupla Jucá/Machado (que feriu profundamente a direita), na medida em que ela também se basta, por ser autoexplicativa e esgotar qualquer comentário mais sério.

Mas não posso deixar de lembrar que, por muito, mas muito menos, um Ministro do Supremo (que a dupla Jucá/Machado diz ter aderido ao golpe) suspendeu em decisão liminar, sem ouvir a parte contrária, um ato privativo do exercício do mandado da Presidenta Dilma, consistente em nomear um Ministro para a Casa Civil, com base em uma escuta telefônica ilícita e divulgada ao arrepio da lei, com o só propósito de abastecer o conteúdo da agenda golpista.

Já que há tempos a linha da justiça anda atrapalhada – conluio entre os que a traçam? – também não espero que a direita se desculpe, ainda que seu veículo condutor seja recorrente no tema (desculpou-se pelo apoio à ditadura).

Tanto quanto das penas de aluguel não aguardo qualquer bom senso (afinal colidiria seu bom senso com os interesses do patrão, verdadeiro menino de recado das elites brancas).

Por igual, não aguardo dos Senhores Deputados que patrocinaram a abertura do processo de impedimento qualquer mea culpa, ou – sequer – um desmentido (porquanto anos de prática escusa os ensinou a fugir das carapuças, como as famílias midiáticas brasileiras vêm fugindo da democracia).

Mas aguardaria uma posição do Supremo – rogando que não venha embrulhada na velha película protetiva positivista que, nunca é demais lembrar, patrocinou a volta de Olga às margens do Volga, para morrer e matar no ventre o herdeiro de nossa esquerda...

Aguardaria do Procurador Geral da República, senão igual vigor investigativo/punitivo ao demonstrado em face do Senador Petista cassado, ao menos certo interesse na conversa Jucá/Machado – até para que a esquerda pare de falar que Aécio foi protegido...

Aguardaria, principalmente, daqueles que pegaram carona no golpe, acreditando em uma melhora econômica, que somassem os custos, e humildemente, reconhecessem o erro.

Mas, aguardaria do fundo de minha formação canhota, sob a fé de minha paixão Corintiana, que as teorias cinzentas não custassem o dourado da árvore verde da vida, em ordem a seguir nos protegendo de Mefistófeles, em ordem a abastecer nossa agenda contra o golpe e, principalmente, para podermos dizer com as tintas da verdade:

Que coisa feia se faz, hoje, em Brasília!

 


[1] os marinho, os civita, os frias e os mesquita;